Resumo
Parnasianismo Brasileiro |
O Parnasianismo iniciou suas manifestações no final da década de 1870, estendendo-se até a Semana da Arte Moderna, em 1922. Sua inauguração aconteceu em 1881, como no Realismo. Isto ocorre porque, como já foi dito, o Parnasianismo é um movimento paralelo ao Realismo. A temática das obras mantiveram-se isoladas dos acontecimentos históricos, que são os mesmos do Realismo, além da I Guerra Mundial. Isto dá-se pelo próprio estilo do movimento: descritivo, sem preocupação social ou psicológica.
Resumo do Parnasianismo
A estética parnasiana, valorizava a perfeição formal, o rigor das regras clássicas na criação dos poemas, a preferência pelas formas fixas (sonetos), a apreciação da rima e métrica, a descrição minuciosa, a sensualidade, a mitologia greco-romana. Além disso, a doutrina da “arte pela arte” esteve presente nos poemas parnasianos: alienação e descompromisso quanto à realidade.
Contudo, os parnasianos brasileiros não seguiram todos os acordos propostos pelos franceses, pois muitos poemas apresentam subjetividade e preferência por temas voltados à realidade brasileira, contrariando outra característica do parnasianismo francês: o universalismo.
Momento social/histórico/cultural
Vide Realismo/Naturalismo
Características literárias
Busca da perfeição formal, "arte pela arte", presença da mitologia, racionalismo, alienação, academicismo.
Os principais autores que se destacaram neste movimento foram:
Olavo Bilac, com suas poesias: Via Láctea, Alma Inquieta, Viagens, O caçador de Esmeraldas, entre outras. Compondo também este quadro, destaca-se Alberto de Oliveira, com suas Canções Românticas, Sonetos e Poemas Versos e Rimas. E por último, Raimundo de Oliveira, com suas obras: Sinfonias, Aleluias, Primeiros Sonhos e outras.
Exemplo de Poema Parnasiano
Vaso Chinês
Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio,
Entre um leque e o começo de um bordado.
Fino artista chinês, enamorado,
Nele pusera o coração doentio
Em rubras flores de um sutil lavrado,
Na tinta ardente, de um calor sombrio.
Mas, talvez por contraste à desventura,
Quem o sabe?... de um velho mandarim
Também lá estava a singular figura.
Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a,
Sentia um não sei quê com aquele chim
De olhos cortados à feição de amêndoa.
Alberto de Oliveira
Outras informações nesse vídeo feito por alunos:http://www.youtube.com/watch?v=NTUfFUl8OdI&feature=related
Adaptado dos sites : http://portalliterario.sites.uol.com.br/parnasionismo.htm